Roubo dos refrigerantes divino

Autora: Grabrielly Rosário Dionísio (Curso Técnico em Mecânica Integrado ao Ensino Médio)
Texto inspirado na obra "Percy Jackson e os Olimpianos", de Rick Riordan, classificado em 3º lugar categoria "Aluno" do Concurso Literário 2018 do Ifes Campus São Mateus

Quando se é um semideus, é preciso tomar certas preocupações quando se quer relaxar. É bem capaz de você estar em um momento de descontração ou sossego e algum ser mitológico acabar atrapalhando… Por exemplo, um deus vir pedir ajuda enquanto você sai com sua namorada e… bom, foi exatamente isso que aconteceu comigo.

Eu e Annabeth pedimos autorização a Quíron para aproveitarmos os últimos dias de férias e visitarmos sua família em São Francisco, já que passamos os últimos meses com minha mãe, Paul e o mais novo membro da família. Perguntamos ao nosso amigo sátiro Grover se ele queria ir conosco. 

- Até que eu queria Percy, mas como membro do Conselho dos Anciãos de Casco Fendido, tenho muita coisa para fazer - e logo depois sorriu - Não se esqueça de trazer minhas latas de alumínio!

- Claro, pode deixar! - disse. 

Como vocês sabem, São Francisco é uma cidade cheia de monstros, então não foi nenhuma novidade quanto dois lestrigões atacaram a gente, mas armados, conseguimos nos livrar deles em pouco tempo. Tudo estava muito tranquilo até o dia em que nós dois decidimos ir ao shopping com os irmãos de Annabeth.

- Por favor, meninos, se comportem e nos encontrem aqui daqui a 1 hora e meia, ok? - disse Annabeth. 

- Não se preocupe, a gente só vai ficar na sala de jogos! - disseram os dois ao mesmo tempo enquanto corriam para as máquinas e se misturavam na multidão. Virei para Annabeth e disse: 

- Acho que deveríamos fazer um lanche. 

- Concordo plenamente!! - disse ela rindo. 

Nos sentamos em uma das lanchonetes e a garçonete nos entregou o cardápio. 

- Bem-vindos ao Dolphin Diner! - disse alegre. 

Tá o nome do estabelecimento era realmente esquisito, mas se os x-burguers fossem bons…

- Percy, olhe! - disse Annabeh, apontando para o cardápio enquanto a garçonete se retirava. Olhei e foi então que percebi: no lugar dos lanches se encontrava uma mensagem que dizia: 

“Peter Johnson, espero não atrapalhar a sua tarde, mas preciso da humilde ajuda dos dois pombinhos e, como deus, não gosto de atrasos. Aguardo-os na última mesa de frente para a janela, à esquerda, ou tenham ramos de uvas saindo de seus corpos em 10 segundos… 9 segundos… 8 segundos…”

- Corre! - gritei. 

- Por aqui! - disse Annabeth. 

“Tá explicado porque o lugar se cham Dolphin Diner”, pensei. Só tinha um deus que poderia me chamar de Perry Johnson…

- Estão com sorte por precisar de vocês - Disse Dionisio. 

É o seguinte: todas as noites em que mênades faziam uma festa a Dionisio, alguém aparecia e roubava as oferendas. 

- Roubaram as minhas Coca Diet com néctar extra! - bradou zangado, tentando apoiar as pequenas pernas no chão e fazendo uma feição que o deixava com as bochechas roxas. 

- Mas o senhor é um deu, pode ter mais se quiser - disse. 

- Olhe aqui, mocinho, posse até ter quantas Coca Diet quiser, mas estas vieram direto de Hermes’Bebidas Ltda. e eu pretendia festejar com meus adoradores. Então ficaria muito agradecido se fizerem esse favor para mim. Prometo ser generoso se conseguirem. 

- Poderia começar deixando meus irmãos em casa? - disse Annabeth. Dionisio estalou os dedos. 

- Pronto. Agora vou ajudá-los. Acho que o ladrão se esconde próximo ao Golden Gate Park, foi por lá que ele sumiu. 

“Foi por lá que vocês o perderam”, pensei. Mas não ficamos parados. Pegamos nossas armas e partimos. 

Subimos em um dos bondes da cidade e fomos em direção ao parque. Ao chegarmos lá, não vimos nada. 

- É melhor encontrarmos algo logo, já está escurecendo - disse Annabeth - Não deve ser algo pequeno, para roubar tantas latinhas. Estava quase perguntando a um dos turistas se eles não tinham visto algo estranho como hárpias disfarçadas de Papai Noel carregando uma sacola de Cocas Diet. mesmo com a Névoa, quando algo caiu na minha cabeça. 

- Ai! - gritei. 

Ouvimos algumas risadinhas e sussurros. Quando olhamos para cima, vimos… bom, acho que eram uma espécie de anões meio macacos. 

- São cêrcopes! - disse Annabeth. Antes de conseguirmos falar com eles, começaram a fugir, indo de galho em galho. 

- Hei, esperem! - gritei. Começamos a correr atrás deles, mas parecia que estavam cada vez mais longes. 

- Estamos perdendo-os de vista! - gritou Annabeth. Estávamos quase parando quando ouvimos risadas. 

- Por ali! - disse. Continuamos a correr até encontrarmos uma caverna… no parque?! Nos escondemos entre as pedras e ouvimos. 

- Vê se não fica com tudo Possalus! - disse um dos dois - Também quero! 

- Sai pra lá, Acmon. Você comeu mais da metade ontem! - disse o outro. Ambos estavam brigando em meio a uma pilha de comidas e, bem ao fundo, encontrava-se uma caixa cheia de refrigerantes. 

- Ali! - disse Annabeth. Infelizmente, os dois ouviram e vieram na nossa direção. 

“Ops!”, pensei, “alto demais!”

- Cuidado” - disse para Annabeth. Mas nem precisa, ela era uma guerreira maravilhosa e se esquivou de um dos cêrcopes. Foi uma correria até eu encurralar um deles, Acmon. 

- Por favor, não me mate, aaaaahhhhhh!

- Calma, calma! Não vou te matar, só precisa me devolver as bebidas e dizer por que os roubou e de quem são essas comidas - disse. Passalus respondeu: 

- São das mênades! Elas não nos deixaram participar do culto a Dionisio, então roubamos. 

- Já perguntaram a Dionisio? - disse Annabeth. 

- Não! Gostamos de festas e por causa disso queremos hemangeá-lo, mas temos muito medo de encará-lo cara a cara - Acamon. 

- Podemos fazer o seguinte: nos devolvam as bebidas e em troca perguntamos a ele se podem participar de suas festa, fechado? - disse. 

- Fechado! - disseram. 

Carregar aquelas caixas seria muito difícil, então chamei a Srta. O’Leary para ajudar e levamos ao Dolphin Diner. 

- Vocês demoraram - disse Dionisio. Então dissemos a ele que outras criaturas que amavam festas queriam participar das suas, mas a mênades não deixavam, e também comentamos sobre as latinhas de nosso amigo Grover. 

- Vou me certificar disso, adeus - disse, enquanto desaparecia deixando um rastro de uvas para trás. 

- É, até que não foi tão difícil - disse para Annabeth. 

- Sim - ela respondeu. Quando viramos para sair, vimos a mesa em que sentamos com alguns aperitivos e um bilhete escrito “Obrigado”. Sorrimos.

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