A MORTE DA ÁGUA

Rafael da Silva Oliveira  Curso Técnico em Mecânica Integrado ao Ensino Médio Revisão textual: Rivana Zache Bylaardt (Professora de Língua Portuguesa, de Literaturas de Língua Portuguesa e de Língua Espanhola)


Já fui muito abundante, gerei vida, floresci esperança, até dei eletricidade, mas hoje o que resta de mim é a escassez. 

Em troca me deram brigas, interesses pessoais, fui desvalorizada, dava tudo de mim e ninguém reconhecia. Hoje sou engrandecida, chamam por mim nas casas, me querem nos chuveiros, na cozinha. 

Quem antes me tratava com desdém, agora que me possui, pensava que eu era infinita, que seria para toda a vida, mas não fui, não sou e não serei. Não pedi nada em troca, me doei inteiramente. Hoje sou “querida”, me racionalizam, até me usam como jogadas políticas, justamente por meu fim estar próximo… a nação pode pedir socorro, e eu? Terei direito a epitáfio?! 

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