Conquistando o leitor por nocaute

 

Pouco se sabe sobre a origem do miniconto. Alguns dizem que é parente dos poemas, outros, que é filho das fábulas chinesas, mas o que se tem certeza é que, no século XX, alcançou êxito e ganhou o carinho de grandes escritores, como Julio Cortázar, Franz Kafka e Jorge Luis Borges.

E os nossos alunos, estudantes do Ifes – São Mateus, também se encantariam por esse gênero? Esse foi o desafio o V Concurso literário do Ifes-Campus São Mateus, em 2016: produzir textos pequenos em extensão, mas com grande valor semântico.

Houve de tudo, houve até miniconto que queria ser conto, e que, por teimosia em querer crescer, foi desclassificado, pois ultrapassava a quantidade máxima de linhas exigidas. Mal conhecia ele o miniconto “Cuando se despertó, el dinosaurio todavía estaba allí”, de Augusto Monterroco, que de tão pequeno virou microconto e é considerado o mais famoso do mundo.

Um trabalho árduo de concisão, tão pouco comum nos dias de hoje, tentando sintetizar ideias e sensações, foi apresentado pelos participantes do concurso. Frases curtas. Poucas palavras. Precisão. Abertura de efeito. Narratividade. Brevidade. Assim foi a forma posta pelos alunos para mostrarem o trabalho árduo com a palavra, labor de cuidado e exatidão.

Essas são, também, as características que os leitores encontrarão nos minicontos selecionados e publicados no Selet@ Literári@, que proporcionarão uma viagem ao mundo desse gênero textual ainda desconhecido por muitas pessoas, mas admirado e respeitado pelos grandes escritores.

Autora: Rivana Zaché Bylaardt (Professora de Língua Portuguesa, de Literaturas de Língua Portuguesa e de Língua Espanhola)

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