UMA NOITE

Benedito Carlos Alves Filho (Curso Técnico em Eletrotécnica Integrado ao Ensino Médio)

Revisão textual: Rivana Zache Bylaardt (Professora de Língua Portuguesa, de Literaturas de Língua Portuguesa e de Língua Espanhola)


Já estava cedo, o sol começara a nascer no céu já não muito estrelado. Sentia a brisa do mar no seu rosto, era quente e aconchegante, como se uma sereia no fundo daquele gigantesco oceano estivesse chamando-me, mas ao mesmo tempo sentia um vento forte e gelado, jogando todos meus fios de cabelos loiros para trás (meu deus, devia estar uma bagunça). Já estava com as pernas cruzadas há tanto tempo que elas já começavam a ficar tão dormentes, que quando a maré puxava e jogava a água na areia, mal a sentia tocando os meus pés. Mas percebi que ela não estava mais como aquela noite, morna e relaxante, mas começando a ficar gelada. Meus braços já estavam doendo de tanto apoiar meu corpo magricelo na areia. Minhas mãos estavam sujas, enterradas na areia, mas sobre a mão direita podia sentir uma outra mão delicada, pequenina. Percebi, então, que era aquele tal de perfeito. 

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