A cigarra e a formiga

Autora: Everline Rodrigues G. da Silva (Curso Técnico em Mecânica Integrado ao Ensino Médio) 
Texto classificado em 3º lugar na etapa de seleção para a OLP 2010
Orientação e revisão textual: Adriana Pin (Professora de Língua Portuguesa e Literaturas em Língua Portuguesa)

Um dia comum como qualquer outro, saio em meio ao povo pelas ruas de São Mateus. Parece que vai chover, mas por que se entristecer?

As pessoas andam com pressa, sem conversa, como em qualquer outro lugar. Começa a pingar, mas continuo a caminhar, as formigas humanas correm, se escondem, são tantos lugares que não se pode contar. O engraçado de tudo isso é que sempre me disseram que a água da chuva lava a alma, mas vejo que o homem foge, como um gato foge d’água.

Continuo a observar a vida monótona dessas formigas autônomas. Continua a chover e a cidade não para nem para agradecer. Ouvindo um grupo de crianças, ao menos elas entendem a exuberância de nunca quererem deixar a infância. Brincam na chuva, correm pelas ruas. Suas mães ficam malucas.

Só desejaria neste momento que se pudesse mudar a história da cigarra e da formiga. Que essas crianças-cigarras ensinassem ao homem-formiga, ao menos uma vez na vida, a tornar a vida mais divertida.

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