O pássaro azul

Autora: Úrsula Passamani da Silva (Curso Técnico em Eletrotécnica Integrado ao Ensino Médio) Orientação e revisão textual: Adriana Pin (Professora de Língua Portuguesa e Literaturas em Língua Portuguesa).

Em um dia ensolarado, peguei o ônibus para a escola, para mais uma jornada de estudo. Depois de alguns minutos, entram no ônibus uma mãe e seu filho, sentando-se perto de mim. Depois de ver um pássaro azul passar voando majestosamente, o menino disse:

— Mãe, como aquele pássaro voa tão rápido e nunca se perde?

— Ele tem sua própria maneira de se orientar, meu filho, respondeu a mãe. O menino ainda não estava satisfeito e continuou perguntando:

— E como ele se orienta?

— Ele consegue ver o que nós não podemos ver, que são os campos magnéticos da Terra, orientando-se por eles. Ele pode viajar por um oceano inteiro e ainda saber onde está. 

O pequeno menino pareceu um pouco perdido com tal explicação, mas continuou questionando o porquê de tudo. 

— Mas por que ele viajaria tão longe? 

— Para conseguir comida para sua família. 

— Mas, se ele está tão longe e passou por tantos lugares, como ele sabe voltar? 

— Ele sabe onde está seu ninho e sua família. Ele sempre volta para ela, para o seu ninho, mesmo que ele tenha que rodar o mundo para isso. 

— Mas, ele parece tão livre; por que sempre volta? 

— Ele é livre, mas sempre volta porque ama sua família. Nós sempre somos livres, escolhemos e fazemos o que queremos, e voltamos porque queremos estar sempre com as pessoas que amamos. 

— Mas como ele continua sendo livre mesmo assim? O amor manda nele? 

— Não, meu filho, o amor não nos comanda, nós que o escolhemos. E nos sentimos bem por isso. 

— Uh!... então nós somos livre, e o amor é uma coisa que nos faz bem sempre? 

— Sim, meu filho, sempre quando o amor é de verdade, ele nos faz sentir bem. Como eu me sinto bem por amar você. 

— Eu também me sinto bem por amar você, mamãe. 

Depois disso, eu saltei do ônibus e passei o dia pensando em como aquele menino descobriu o que muitos adultos ainda não sabem: o sentido do amor.

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